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Tudo o que precisas saber sobre radioproteção

Como protegeres-te da radiação?

As pessoas, além de estarem expostas à radiação natural, também estão expostas à radiação ionizante de origem artificial. A utilização de fontes radioativas representou, inicialmente, um grande avanço para a sociedade em vários campos, como na indústria ou medicina, mas rapidamente começaram a manifestar-se os prejuízos que podiam causar. Por tudo isto, surgiu a necessidade de estabelecer um sistema de proteção contra as radiações ionizantes, dando origem a esta disciplina.

Proteger-se da radiação é uma atividade cujo objetivo final é a proteção das pessoas e do meio ambiente contra os efeitos prejudiciais da exposição à radiação ionizante. Para a implementar, tanto a nível nacional, como europeu e internacional, existem normas, recomendações e decretos ou leis a seguir. Em Espanha está em vigor o RD 1029/2022, de 20 de dezembro, que aprova o Regulamento sobre a proteção da saúde contra os riscos derivados da exposição às radiações ionizantes.

A ICRP (Comissão Internacional de Proteção Radiológica) é responsável por todas as recomendações relacionadas com a proteção contra a radiação, servindo de base para o estabelecimento da regulamentação e normativa. Para elaborar estas recomendações, baseiam-se nos chamados princípios básicos de radioproteção:

  • Justificação: Qualquer prática que envolva exposição a radiações ionizantes deve ter um benefício maior do que o prejuízo causado.
  • Otimização (ALARA, As Low as Reasonably Achievable): Todas as exposições à radiação ionizante devem ser mantidas tão baixas quanto razoavelmente possível, considerando sempre fatores sociais e económicos.
  • Limitação de dose: As doses de radiação recebidas tanto por trabalhadores como pelo público não poderão ultrapassar os limites estabelecidos na legislação em vigor.

Qual é o papel de uma UTPR?

As Unidades Técnicas de Proteção Radiológica são responsáveis por estabelecer uma série de medidas e planos de radioproteção, de acordo com as características da instalação radioativa, tanto antes do seu início como para os correspondentes controlos periódicos, sempre de acordo com a regulamentação aplicável, com o objetivo de proteger tanto os trabalhadores expostos como o público.

Entre estas medidas estão os controlos de qualidade periódicos dos equipamentos, onde são verificados e calibrados se necessário, controlo dosimétrico do pessoal, sinalização das áreas com possível risco radiológico e a elaboração de um estudo de segurança onde se analisem aspetos como o posto de trabalho ou os níveis de radiação em condições normais de funcionamento e se faça uma prevenção contra acidentes ou incidentes, calculando o risco radiológico.

Os campos de trabalho onde uma UTPR pode prestar os seus serviços vão desde instalações de radiodiagnóstico médico, dentário ou veterinário (radiografia convencional, mamografia, radiografia dentária, tomografia computorizada, radiologia intervencionista…), até instalações industriais (medidores de densidade ou humidade, radiografia de tubagens…), laboratórios de investigação, indústria alimentar ou aeroportos, portos, estações de comboio ou tribunais (máquinas de inspeção de bagagem).

Outra área pode ser a medição do radão, que é um gás que pertence à cadeia de desintegração do rádio-226, que por sua vez pertence à cadeia do urânio, comummente encontrado em rochas e solos. Este gás transporta-se do subsolo para o ar interior das habitações e edifícios, onde se acumula. Ou seja, é uma radiação natural à qual todos estamos expostos, uns mais que outros, dependendo da nossa localização geográfica.

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